Então aqui está minha mais tenebrosa confissão de uma geek de filmes:
eu não considero o original Jurassic Park (Parque dos Dinossauros. Não
dava para terem traduzido literalmente para Parque Jurássico) como um
clássico inatacável. Eu sei que isso não faz muito sentido considerando meu amor pelos filmes de Spielberg, filmes de monstros, ficção científica e dinossauros. Mas aqui vamos nós.
É um grande filme - kilômetros a frente do que qualquer outro
realizador teria feito com o mesmo material dado na mesma época, como se
espera de Steven Spíelberg - e o filme merece seu lugar no pedestal
pelas suas partes icônicas e efeitos inovadores na indústria dos Efeitos
Especiais, não há dúvida sobre isso. Mas medido por seus méritos de
longo prazo?
É um destacado membro do Clube 3 Estrelas de Spielberg,
encontrando-se orgulhosamente entre Minority Report, Temple of Doom e A
Última Cruzada, pra ser honesta), Amistad, etc., mas "apenas" isso. E
embora eu pegue a ideia de que o filme seja a versão Milenar de Tubarão,
desculpe, mas Tubarão É Tubarão. Não tem igual e não foi superado por
Spielberg.
Eu trago o assunto à baila principalmente para dar ao
leitor algum contexto para processar esta revisão do filme: Se você está
procurando por alguém que vê o primeiro filme da franchise como
escritura sagrada e lhe diz que alguém foi lá e colocou uma máscara dos
óculos de Groucho Marx no Davi de Michelangelo, não é isso. Mas se você é
a pessoa que acha que o filme está mais na categoria de UM MILHÃO DE
ANOS A.C./ QUANDO OS DINOSSAUROS REINAVAM NA TERRA/KING KONG, então bem
vindo a bordo.
(Por Nelly Waker, colaboradora do Blog: http://aprendendolinguasecommentssobreavida.blogspot.com.br/)